quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Funny The Way It Is

Grande Som! E uma Letra para reflectir!




Funny The Way It Is

Lying in the park on a beautiful day,
Sunshine in the grass, and the children play.
Siren's passing, fire engine red,
Someone's house is burning down on a day like this?

The evening comes and we're hanging out,
On the front step, and a car rolls by with the windows rolled down,
And that war song is playing, "why can't we be friends?"
Someone is screaming and crying in the apartment upstairs

Funny the way it is, if you think about it
Somebody's going hungry and someone else is eating out
Funny the way it is, not right or wrong
Somebody's heart is broken and it becomes your favorite song

The way your mouth feels in your lovers kiss
Like a pretty bird on a breeze or water to a fish
A bomb blast brings a building crashing to the floor
You can hear the laughter, while the children play "war"

Funny the way it is, if you think about it
One kid walks 10 miles to school, another's dropping out
Funny the way it is, not right or wrong
On a soldier's last breath his baby's being born

Standing on a bridge, watch the water passing under me
It must've been much harder when there was no bridge, just water
Now the world is small. Remember how it used to be,
With mountains and oceans and winters and rivers and stars?

Watch the sky, the jet planes, so far out of my reach
Is there someone up there looking down on me?
Boy chase a bird, so close but every time
He'll never catch her, but he can't stop trying

Funny the way it is, if you think about it
One kid walks 10 miles to school, another's dropping out
Funny the way it is, not right or wrong
On a soldier's last breath his baby's being born
Funny the way it is, nor right or wrong
Somebody's broken heart becomes your favorite song
Funny the way it is, if you think about it
A kid walks 10 miles to school, another's dropping out.

Standing on a bridge, watch the water passing under me
It must've been much harder when there was no bridge, just water
Now the world is small. Remember how it used to be,
With mountains and oceans and winters and rivers and stars?


terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Força e Honra

Chegamos ao fim do ano de 2009.

Foi um ano de tristezas, de alegrias, e principalmente de grandes lutas! Foi um ano de expectativas, de emoções fortes, de vitórias, e também de derrotas.

Mas 2009 também foi um ano em que se lutou por grandes causas, em que se reforçou a união, o companheirismo e a amizade. Apesar de tudo, aprendeu-se muito em 2009.

Chegamos agora ao inicio de um novo ano, ao renascer de expectativas, e ao rejuvenescimento da vontade. O ano de 2010 será longo, desgastante e difícil, temos que admiti-lo. Mas ao mesmo tempo que o admitimos, temos também a certeza dos nossos valores, da força das nossas amizades, da lealdade dos nossos companheiros.

Para 2010 não deixo os desejos habituais. Para o novo ano desejo apenas que todos tenhamos presente, os dois valores que dão o titulo a este post, FORÇA e HONRA!

Bom 2010!




quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

O Jardim da Esquina

Tal como referido no anterior texto deste blog, no dia de ontem desloquei-me à Assembleia de Freguesia de Santa Maria da Feira, no intuito, de assistir à reunião na qualidade de cidadão.

Em termos de participação, estavam presentes os membros eleitos e mais quatro cidadãos, sendo eu, um deles.

No fim da reunião, que decorreu bem, sob o meu ponto de vista, houve um casal que se quis dirigir à Assembleia, no sentido de expor uma situação para a qual queriam ver resolução.

Pelo que depois foi explicado pelo Presidente da Junta, a questão prende-se com um pequeno espaço verde com uns canteiros que é da responsabilidade da Junta de Freguesia, e que por isso mesmo, é de todos nós. O que aparentemente aconteceu, foi o facto de um particular ter solicitado à Junta de Freguesia que pudesse tratar desse espaço verde, como forma de hobby, ao que o executivo acedeu.

A questão, é que o casal presente na Assembleia, por motivos vários, que podem ser pessoais em relação ao indivíduo que trata do jardim, ou outros quaisquer, reclamou junto da Junta de Freguesia, o facto de este, estar a desvirtuar os referidos canteiros com diversos tipos de plantas e que não poderia ser um particular a tratar, e a usufruir do espaço público.

O presidente da Junta de Freguesia referiu então, que depois da queixa manifestada, já tinha proibido o indivíduo de fazer qualquer intervenção no referido espaço, algo que pelos vistos se mostrou infrutífero.

Nessa sequência, os queixosos, depois de terem exposto pessoalmente o seu descontentamento sobre a situação directamente ao Presidente da Junta de Freguesia, e uma vez não corrigidos os factos que deram origem à sua queixa, remeteram uma carta à Junta de Freguesia, onde alegadamente vertiam aquilo que tinha sido dito na referida reunião que tiveram com o presidente.

Ora, na Assembleia de ontem, naquilo que considerei ser uma atitude de desrespeito pela democracia e pela defesa dos direitos do cidadão e da coisa pública, o Presidente da Junta assumiu nas suas palavras dois comportamentos que considero serem manifestamente errados e pelos quais devemos mostrar a nossa não concordância.

O primeiro comportamento, foi mostrar-se agastado e incomodado pelo facto de os cidadãos, depois de terem falado com o responsável do executivo, e o problema não ter sido resolvido, terem enviado uma carta a relatar por escrito a reclamação que haviam feito. Mas que exemplo é este, em que é criticada a participação e a reivindicação de direitos ou situações que alguém ache menos bem? Ainda que não tenham razão, nunca se poderia criticar o facto de terem enviado tal carta. Aquilo que se deveria fazer seria remeter a devida resposta. Como é que se pode tentar fazer com que as pessoas sejam mais interventivas na sociedade, quando as estruturas base da nossa democracia criticam de forma irritada essa participação?

Mas não é tudo! Mais grave do que isso, foi o facto de o Presidente da Junta de Freguesia, depois de ter dado razão aos queixosos, no sentido de reconhecer que o referido espaço era publico, e sabendo do facto de que o individuo atrás citado continua a utilizar esse mesmo espaço, ter proferido aos cidadãos e à Assembleia, e passo a citar: “Mas o que querem que eu faça? […] Eu não posso pôr lá um polícia a tempo inteiro!”

Caros leitores, um político existe para encetar todos e quaisquer esforços no sentido de resolver os problemas dos cidadãos. Como é que pode um político dirigir-se às pessoas e perguntar ironicamente o que é que elas querem que ele faça?

Na minha opinião, demonstrou para além do mau tom, falta de cultura política e de serviço aos cidadãos! Para além do mais, sendo o referido jardim da responsabilidade da Junta de Freguesia, cabe a essa instituição, actuar através de todos os meios legais ao seu dispor no sentido de defender o que está sob a sua responsabilidade, porque a não defesa dos direitos da Junta de Freguesia, e consequentemente de todos nós, pode levar a precedentes graves, que afectarão certamente as instituições e o seu correcto funcionamento.

O Desenrascanço

Ontem, na qualidade de cidadão, desloquei-me à Junta de Freguesia de Santa Maria da Feira, com o objectivo de assistir à Assembleia de Freguesia que aí iria ter lugar.

Devo dizer, em abono da verdade, que a maneira como a referida assembleia decorreu me surpreendeu pela positiva, uma vez que se desenrolou num ambiente de grande cordialidade e de saudável troca de ideias e de críticas construtivas.

Apesar disso, existiram duas situações que me deixaram preocupado.

A assembleia estava marcada para as 21 horas, mas ao bom estilo pseudo-português, assisti com alguma indignação ao inicio dos trabalhos às 21:50 minutos, tendo o responsável da Assembleia, com um ar divertido, dito isso mesmo aos presentes, que também divertidos constataram o facto e o consideraram tão normal como qualquer outra situação do dia-a-dia.

Como se este choque inicial não bastasse, o responsável pela Assembleia, que desde o seu inicio tinha tomado da palavra, começou por explicar aos membros da Assembleia que a reunião dispunha de um regimento a regulamentar o seu funcionamento, mas que para o bom andamento dos trabalhos, e uma vez que estávamos na presença de pessoas de bem, ele não seria cumprido. Mais uma vez todos os membros concordaram!

Ora, depois da descrição destes factos, passarei a explicar as razões que me levam a ficar indignado relativamente a estas situações, que acabam por se enquadrar na mesma filosofia de actuação. Tudo se prende com a questão do rigor que a sociedade impõe a si própria. Uma sociedade sem regras nunca será uma verdadeira sociedade. É completamente lastimável que a Assembleia de um órgão Autárquico se inicie com 50 minutos de atraso, e não haja sequer uma única voz de protesto quanto a esta situação. Mas que exemplo estão as instituições a dar à nossa população? Quando se verifica que uma reunião institucional deste tipo, começa com 50 minutos de atraso, e a situação não provoca qualquer protesto, tudo é possível!

E depois temos a situação do regimento. As vozes contrárias à minha opinião poderão dizer que sou demasiado burocrata, ou que dou demasiado valor a questões que não têm assim tanta importância. A verdade, é que se trata de uma questão de exemplo e de rigor. Vivemos num estado de direito, e que por isso dispõe de normas e regras que fundamentam a nossa vida em sociedade. Ora, se uma Assembleia de Freguesia dispõe de um regimento, como é que se pode vir dizer, perante qualquer cidadão presente, que o regimento existe, mas como é demasiado burocrático é-lhe feita tábua rasa.

Pois eu vou começar a aconselhar as pessoas a não tirarem carta de condução! Aquilo é demasiado burocrático, e ao fim ao cabo, pode-se aprender a conduzir sem grandes problemas, até porque somos todas pessoas civilizadas.

Haja sentido de responsabilidade! Se o regimento não é adequado, que se mude o regimento de forma a sê-lo. Mas mostremos aos cidadãos que existem regras e que elas devem ser cumpridas de forma espontânea e como maneira de demonstrar civismo.

Para finalizar este primeiro ponto, é importante dizer que se os portugueses tivessem uma cultura de maior rigor poderiam ter enormes vantagens sobre outras culturas e sociedades.

Posso dizer que conheço razoavelmente bem a cultura anglo-saxónica, pela qual sou bastante influenciado. De facto, esta cultura pauta-se pelo rigor, que começa logo pela famosa pontualidade, mas que se alastra às questões de organização. De facto, na cultura anglo-saxónica, os procedimentos são regulamentados ao pormenor, e todos os intervenientes, seguem a regulamentação religiosamente e sem desrespeitar qualquer regra ou norma. Mas nem tudo é perfeito nesta maneira de encarar as situações. De facto, tive a oportunidade de assistir a reuniões com intervenientes britânicos em que um ligeiro desvio ao plano de uma reunião, que aconteceu por motivos de força maior, deixou esses mesmos intervenientes completamente sem saberem o que fazer ou dizer, porque essa situação não estava prevista no regimento da referida reunião.

Já em Portugal, que supostamente deveria ter sido influenciado pela cultura anglo-saxónica, baseamos a nossa organização no desenrascanço. E até admito que somos bons a fazê-lo! No entanto, levamos essa maneira de actuação ao extremo, e dessa forma perdemos credibilidade, produtividade e competitividade.

Se a cultura portuguesa tivesse os valores do rigor anglo-saxónico podíamos ter enormes vantagens em relação a outras sociedades, porque iríamos dispor da nossa natural facilidade de ultrapassar imprevistos.

Mas o rigor deve ser imposto por quem dá o exemplo, ou seja, pelos líderes das nossas organizações e pelos órgãos das mesmas. Neste assunto, ninguém está impune, somos todos culpados. Seria bom que pensássemos nisto e começássemos a não considerar atrasos de 50 minutos como algo absolutamente normal, porque não o é! Definitivamente, não o é!

domingo, 20 de dezembro de 2009

O Despertar

Foi no passado mês de Setembro que o ultimo texto foi publicado neste blog.
De facto, quando fui alentado para criar um blog, o meu primeiro, e maior receio, foi o facto de não existir disponibilidade pessoal da minha parte para o alimentar continuadamente.

E de facto isso acabou por acontecer!

No entanto, é agora o momento de voltar a dar substância a este projecto. Apesar das mudanças pessoais ocorridas desde Setembro ultimo, o registo adoptado será o mesmo, pelo simples motivo de que eu sou exactamente o mesmo!

Está assim oficialmente desperto, após este longo período de hibernação, o blog PHARO.


quarta-feira, 16 de setembro de 2009

O ShreK vai pela direita.

Apesar de não ser muito apologista de tecer mais do que um comentário acerca da mesma temática, não poderei deixar passar em claro a oportunidade de mais uma vez demonstrar a falta de isenção, de honestidade e principalmente de coerência, emanada pelo “Shrek”, autor mais assíduo do blog “Kouzas e Louzas”.

Recorde-se a propósito da apresentação oficial dos candidatos às eleições autárquicas do PSD no Europarque, a completa e exaustiva foto-reportagem que se viu publicada no blog em causa. Até aqui nada de especial, ou seja, o blog parecia estar a assumir um dos serviços propagandeados pelo seu autor, nomeadamente a informação acerca dos eventos políticos do nosso concelho.

Nesse sentido, o próprio autor reconhece várias vezes o facto de estar sempre muito bem informado dos acontecimentos e do seu desenrolar, quer por muitas vezes assistir ln loco a esses mesmos eventos, quer pelo facto de possuir uma vasta rede de informadores que ajudam na tarefa em causa.

Como é sabido, no passado dia 13 de Setembro, o PS organizou o seu próprio evento de apresentação dos candidatos às eleições autárquicas, evento esse que se revestiu de um enorme sucesso, com uma participação invejável e uma moldura humana que projectou e solidificou a vontade da mudança.

Posto isto, o sempre tão bem informado Shrek, predispôs-se a publicar um pequeno post pseudo-satírico, sem mais nenhum tipo de cobertura, informação ou descrição do evento!

Veja-se bem aquilo que o autor destes posts acaba por transmitir das suas acções, e é bom que se medite sobre este assunto, de maneira a perceber as verdadeiras ideologias do mesmo. Sim, porque as ideologias medem-se pelas acções e não pelas palavras.

O que eu quero dizer é que o Shrek deu ampla cobertura e destaque a uma cerimónia “cacique”, formalizada através de um jantar formal e classicista ao mesmo tempo que negligenciou um evento popular onde todas as pessoas, mas principalmente aquelas pertencentes às classes mais desfavorecidas e penalizadas da sociedade, puderam confraternizar e ouvir as ideias que o PS tem para o seu Concelho.

Já se falou de ultrapassagens pela direita, mas esta é sem duvida, a ultrapassagem mais à direita de todas.

Por ultimo, que me seja permitida uma pequena provocação, até porque não faço muitas. Será que preterir um evento social e inclusivo a um jantar de gala é ser de esquerda?
No caso do Shrek, as palavras dizem que não. Porém, as acções dizem que sim!

Talvez tenhamos encontrado o fundador do novo partido português: O Bloco de Direita...

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Política da Verdade IV

Mesmo não querendo ser muito oportunista, o PSD vai-me fornecendo motivos para dar continuidade à sequela "Politica da Verdade".

Desta vez, a nossa estimada candidata ao cargo de Primeiro-Ministro, no debate com Jerónimo de Sousa, confunde a taxa de IRS com a taxa de IRC. E reincide várias vezes no mesmo erro!

Mais uma prova cabal da "Competência" e "Rigor" da Politica da Verdade propagandeada pela Dra. Manuela Ferreira Leite.


sexta-feira, 31 de julho de 2009

Férias

E como não podia deixar de ser, chegaram as férias!

Não sou como alguns que dizem que mesmo de férias continuarei a manter o blog actualizado.
Por isso, nos próximos dias este blog estará fechado para férias, ou seja, não existirá qualquer novidade!

Ainda assim, pode-se aproveitar este período para ir cimentando ideias acerca daquilo que queremos para o país.

Nesse sentido deixo ficar o link do Programa Eleitoral do PS relativo às próximas eleições legislativas para que todos aqueles que nas próximas eleições quiserem tomar uma decisão em verdadeira consciência o possam fazer.

Numa lógica democrática pensei também em disponibilizar o Programa Eleitoral do principal Partido da oposição, para que pudessem ser feitas as devidas comparações. O problema é que ele ainda não existe!

Posto isto, ficam os desejos de umas excelentes férias para todos, ou se não for esse o caso, Bom trabalho.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Política da Verdade III

Aos poucos e poucos Manuela Ferreira Leite vai lentamente explicando aos portugueses aquilo que é a sua Politica da Verdade.
Desta vez, a mais recente intervenção ocorreu ontem numa conferência organizada pelo jornal Diário Económico, num hotel de Lisboa.

Nessa intervenção revela-se o brilhantismo do pensamento político da nossa ilustre candidata ao lugar de Primeiro-Ministro da Republica Portuguesa.

A propósito das declarações do Ministro das Finanças e da Economia acerca da intenção de tornar a tributação fiscal mais justa efectuando para isso um ajuste no sentido da diminuição dos beneficios fiscais e respectivas deduções de todos os que possuem rendimentos elevados, ou seja, acima de 5000 euros por mês, a lider do Partido Social Democrata disse o seguinte: 

"Eu discordo completamente que sejam tomadas em relação ao sistema fiscal medidas discricionárias, como, por exemplo, uma que foi anunciada ultimamente e que tem a ver com a tal linguagem dos ricos e dos pobres, dizendo que em relação aos ricos se vai retirar determinado tipo de benefícios, de deduções fiscais, e em relação aos outros provavelmente não"

"Mal vai o país se começa a olhar para os chamados ricos com olhos de menos consideração. Eu em relação aos ricos há apenas um sentimento que tenho e que é: tenho pena de não o ser. Fora disso, o país só progride, só todos têm vantagem que existam ricos.É bom que eles existam, é bom que dêem muitas festas, que comprem muitas coisas, porque isso dá postos de trabalho a dezenas de pessoas".

Sinceramente acho que aquilo que foi dito pela Dra. Manuela Ferreira Leite é de tal forma explicito que chega a ser dificil comentar as ditas afirmações.

No entanto, e numa lógica de Politica da Verdade, devemos tecer algumas considerações sobre aquilo que foi dito.

Ora bem, o mundo encontra-se em contexto de crise, ou seja, as grandes potências económicas encontram-se em recessão, o que leva economias abertas e dependentes das grandes potências a sofrerem também com todo esse clima económico negativo. Uma dessas economias é Portugal.

Dessa maneira, em Portugal o poder de compra diminuiu face à crise existente. A Economia abrandou, produzem-se menos riquezas do que o normal o que leva á existência de maior dificuldade por parte dos mais desfavorecidas e cujos rendimentos são mais baixos em conseguirem manter a sua sustentabilidade económica.

Nesse contexo, e com o intuito de relançar a economia, são tecidos esforços para efectuar investimento público que gere emprego e ajude a dinamizar a Economia. Uma vez que os recursos são escassos, e em virtude de uma questão de justiça tributária, social e até moral, é anunciado que quem recebe rendimentos altos, não deverá usufruir dos mesmos beneficios fiscais de que usufruem as classes mais desfavorecidas. Não se fala sequer em aumentar taxas de imposto, fala-se apenas de ajustar a atribuição de beneficios aqueles que em bom rigor e em nome da justiça, deles não devem usufruir.

Sabendo tudo isto, a líder da oposição diz que a medida anunciada é discricionária.
 
Se a medida é discricionária, porque é que a Dra. Manuela Ferreira Leite não fala das diferentes taxas de tributação dos impostos? Pela sua lógica todos os contribuintes deveriam ser taxados da mesma forma indepependentemente do seu nível de rendimentos, o que não acontece agora, e o que não acontecia quando a mesma Dra. Manuela Ferreira Leite era Ministra das Finanças. Então, porque é que a Dr. Ferreira Leite não critica o sistema de tributação em que também participou?

Mas esta questão da medida ser discricionária ou não, é irrelevante face à extraordinária conclusão que se pode tirar das restantes desclarações da líder do PSD. Se virmos bem as coisas, à luz da sua intervenção, descobrimos que existe uma solução infalível para Portugal sair da crise. Para isso, basta ao estado dar umas avultadas quantias de dinheiro a umas quantas pessoas de maneira a torná-las ricas porque com mais esses ricos o “país só progride”. 

Por aquilo que se ouviu, as medidas que Dra. Ferreira Leite preconiza para combater a crise passarão por criar de forma automática e espontânea novos ricos, para que eles “dêem muitas festas e comprem muitas coisas porque isso dá postos de trabalho a dezenas de pessoas”.

Desta maneira Ferreira Leite explica que o novo conceito da sua Politica da Verdade se baseia numa lógica de que enquanto alguns se debatem para saber quem é que ficou mais rico à custa do BPN, os trabalhadores que sofrem a crise, ficam à espera que esses mesmos ricos façam festas e comprem muitas coisas para poderem vir a sonhar com um emprego.

A sociedade portuguesa deveria prostrar-se ao pés de todos os ricos de país e quem sabe fazer um peditório para lhes entregar mais alguns euros de maneira a ser possível que eles na sua infinita bondade e altruísmo ajudassem as pessoas mais desfavorecidas, fazendo umas festas e comprando uns iates.

Começa a tornar-se claro que a alternativa que o PSD constitui, se revela cada vez mais desastrosa. Por um lado continua a protelar a apresentação das suas ideias concretas para o país, e por outro, aquilo que vai lentamente revelando não tem qualquer tipo de cabimento (quer dizer, para os ricos até tem).

terça-feira, 28 de julho de 2009

Menina dos Olhos de Água

Às vezes não são precisas muitas palavras para trasmitir ideias, pensamentos ou sentimentos.

Uma grande musica, um grande poema e um excelente interprete são o suficiente.



segunda-feira, 20 de julho de 2009

Apollo XI

Fazem hoje 40 anos desde que um ser humano pisou a lua pela primeira vez!

É um feito extraordinário, não só por aquilo que teve que ser alcançado em termos tecnológicos para o conseguir, mas principalmente pelo exemplo.

O homem chegou à lua não por uma mera casualidade cósmica ou coincidência favorável. O homem chegou à lua porque decidiu que o ía fazer. Ir à lua foi unicamente fruto da sua vontade. E essa sua vontade foi suficiente para alcançar um objectivo que no inicio parecia quase impossível!

Dá que pensar!




Tempo de Agir

A sociedade portuguesa é pouco exigente!

Não chego a esta conclusão apoiado em qualquer estudo de opinião ou relatório com bases estatisticas. No entanto, também não o faço de ânimo leve.

A alguns dias atrás, enquanto conversava com alguns jovens no sentido de perceber as suas opniões acerca da governação do Concelho de Santa Maria da Feira dos ultimos anos, foi-me dito que podiam existir alguns aspectos negativos, mas que no entanto, não viam grandes problemas porque as coisas estavam “a andar” e as instituições e organismos do Concelho funcionavam tal como deviam.

Nessa altura fiquei preocupado. E a maior causa dessa preocupação não foi o facto de se considerar que na governação do actual presidente da Câmara as instituições e organismos municipais funcionaram como deviam, o que por si só é preocupante, porque é sabido e notório que nem isso aconteceu. A maior causa de preocupação, essa sim, foi o espirito conformista e pouco exigente da nossa sociedade, com a agravante da referida mentalidade parecer estar já entranhada nas faixas etárias em que o sentimento de evolução deveria ser maior.

Como é possível considerar que manter as instituições a funcionar é um bom trabalho?
Manter as instituições a funcionar é uma obrigação básica de qualquer executivo. 

O mérito está em encontrar novas formas de desenvolvimento, colocar no terreno os frutos de novas ideias de evolução para o bem da sociedade a todos os níveis. O mérito está em promover o desenvolvimento integrado das pessoas e das suas organizações para a sustentabilidade do Concelho. O mérito está em evoluir, pensar mais longe e concretizar esses pensamentos.

Na conversa que tive com os jovens fui questionado no sentido de enumerar aspectos negativos na governação de Alfredo Henriques.
Pois bem, imbuido do espirito de missão que todos devemos ter, enumerei cuidadosamente tudo aquilo em que considerei que o executivo de Alfredo Henriques falhou, o que se verificou não ser pouca coisa.
Porém, no fim dessa cuidada enumeração destaquei aquele que se mostra o erro crasso de Alfredo Henriques, aquele que na minha opinião é o mais grave de todos: permitir que a sociedade Feirense, incluindo os seus jovens, tenha alimentado uma mentalidade de conformismo e de estagnação, uma mentalidade de falta de exigência.

E essa mentalidade foi alimentada ao longo dos ultimos 23 anos.

Por este motivo é que o nosso trabalho é tão importante. Temos que devolver ao povo Feirense aquilo que desde sempre foi seu por direito, uma atitude forte, empreendedora, lutadora e visionária.

E mais do que politicas, que são também da maior importância, devemos destacar os valores da exigência, da evolução e da procura exponencial do desenvolvimento.

No passado dia 18, assisti ao discurso de apresentação da Candidatura do Sr. Alcides Branco à presidência da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira.
E nesse discurso, para além do rigor e da visão das medidas concretas apresentadas, o que eu notei em grande destaque, foi a atitude, o sentido de solidariedade, a vontade de mudar, de evoluir, não só o Concelho, mas também a mentalidade de todos quantos lá vivem.
Nesse discurso revelou-se a pessoa que pode operar a mudança no nosso Concelho.

Nesse sentido, todos temos o dever moral, civico e de cidadania de apoiarmos esta causa.
A causa da rotura com o passado e seu espirito conformista. A causa da rotura com aqueles que teimam em seguir ano após ano os mesmos ritmos de evolução por arrasto, e não por iniciativa.
A causa dos Feirenses que imbuídos na politica do marasmo de Alfredo Henriques precisam de alguém que os ajude a alargar os horizontes e fazer de Santa Maria da Feira um dos Concelhos mais respeitados do país a todos os níveis, lugar aliás, que é seu de pleno direito.

E todos teremos força, porque é tempo de agir!

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Aos Camaradas

Caros Camaradas, aproximam-se grandes lutas!

Nos meses que se seguem esperam-se enormes dificuldades e tribulações. Por isso mesmo, temos que nos unir para ganhar força. Temos que perseverar para ganhar respeito. Temos que batalhar para alcançar a vitória.

Nas lutas que nos esperam é importante que estejamos cientes das responsabilidades que carregamos nos ombros. Temos que ter presente o passado do Partido Socialista e tudo aquilo que já foi feito pelos nossos antecessores.  É preciso que nos lembremos de todo o esforço e sacrifício pelos quais tantos homens e mulheres passaram, em prol de uma causa, a nossa causa!

Por isso, temos que actuar com elevação, com rigor, com respeito e com responsabilidade.

E no calor da luta, não nos esqueçamos dos nossos principais ideais, dos nossos valores e das nossas ideias. As mesmas ideias que nos separam dos demais, e que tornam a nossa acção tão importante para todos.

Por ultimo, um apelo para que pensemos no mais importante de tudo: as pessoas! Que nunca nos esqueçamos que tudo aquilo que fazemos é pelas pessoas e pela sociedade.

Caros Camaradas, está na hora!

Vamos vencer 2009!

 


quarta-feira, 15 de julho de 2009

Kousas e Lousas

Existem valores como a seriedade e a honestidade.

Esses valores podem ser enquadrados em várias vertentes da vida dos indivíduos, tais como a pessoal, a inter-relacional, a intelectual, a politica, e tantas outras em que se podem ver aplicadas.

No entanto, muitos indivíduos não reconhecem a existência desses dois valores fundamentais, de maneira que chegam a renunciar por completo à seriedade e à honestidade com o único fim de atingirem os seus objectivos. E esses objectivos podem ser considerados válidos ou não, porém, se eles forem atingidos com base na falta de seriedade e honestidade, perdem por completo a sua validade e legitimidade.

Esta pequena introdução serve apenas para enquadrar aquilo que eu verifiquei acerca do que vai sendo escrito no blog, que por indicação de algumas pessoas tomei contacto, denominado Kousas e Lousas. Com sentido de abertura e pluralidade decidi ler um pouco o conteúdo que emana desse espaço da blogosfera de que me tinham falado.

Não estou muito de acordo com a crítica a este tipo de espaços, na medida em que eles se revelam como escapes de opinião pessoal e hipérboles dos sentimentos, crenças e delírios emocionais dos seus autores, que não estão normalmente sujeitos a criticas objectivas.

Mas neste caso é necessário tecer considerações em virtude da falta de seriedade e honestidade.

O blog em causa parece ser um refúgio literário de detrminadas forças politicas, e mostra-se como uma espécie de tentáculo dos seus “modus operandi” que não deixa qualquer margem para dúvidas acerca dos seus modos de actuação. Sempre afirmei que essas forças politicas nunca poderiam constituir-se como alternativa credível. Isto acontece porque desde sempre pautam a sua actuação por uma filosofia destrutiva. Enquanto outras forças partidárias se esforçam à longos anos no sentido da construção de algo positivo, essas apenas se preocupam em destruir, enxovalhar e ridicularizar tudo aquilo que consideram opor-se aos seus objectivos máximos e primários: a luta pelo poder.

É fácil perceber pela leitura do referido blog a falta de seriedade e honestidade, mas o que se torna mais reprovável é a maneira como os seus autores assumem essa falta de seriedade como uma característica que os define e norteia.

A maneira e a linguagem com que presenteiam a blogosfera é completamente desajustada daquilo que deve ser a conduta do debate político e da crítica de ideias. Com certeza que o objectivo dos seus autores não será esse, mas antes, a produção de um espectáculo de show-off populista de tentativa de fidelização das massas de uma faixa etária mais jovem e menos esclarecida, que acaba inevitavelmente por adquirir os hábitos/vícios dos mentores desse projecto.

Por ultimo, e porque as palavras aqui deixadas já ultrapassam em muito aquilo que é devido pelo assunto em causa, queria deixar uma última referência ao caso “Patric Figueiredo”.

Mais uma vez, este assunto mereceu uma actuação abútrea por parte do blog já referido.

No post em causa é dito pelo seu autor que:

 Apesar de não conhecer o nosso jovem Patric, penso que o que acaba de fazer e principalmente as explicações dadas, demonstra ter ideias bem definidas e amadurecidas.”

Relativamente ao autor deste post podem acontecer duas situações: ou é intelectualmente facilitista, ou em alternativa, usa o populismo de forma deliberada.

E é fácil chegar a estas conclusões. Pelo que é referido pelo próprio Patric só existem duas explicações para o seu afastamento do PS, o populismo emergente e as receitas neo-liberais. Ora, como é que alguém em plena consciência e em pleno uso dos valores de honestidade e seriedade pode aceitar estes dois chavões apresentados como “ter ideias bem definidas e amadurecidas”. Definitivamente só alguém com mentalidade populista o pode fazer, porque por um lado destaca para segundo ou terceiro plano o uso da sinceridade e honestidade, e por outro, revela por esse mesmo facto falta de consciência.

Aliado a tudo isso é triste perceber a montagem que foi feita relativamente à carta de demissão citada, principalmente o parágrafo final. Simplesmente ridículo.

Para finalizar, gostaria de dizer algo sobre a conduta do Patric. Não quero parecer moralista nem dono da verdade porque não sou nem uma coisa nem outra. No entanto, a maneira como tomou a sua decisão e a justificou, é na minha opinião, digna representante de uma brincadeira de escola. Sinceramente, penso que alguém que actua desta forma nunca merecerá fazer parte de uma organização respeitável e com provas dadas como é a JS. 

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Politica da Verdade II

Mais uma vez, o maior partido da oposição justifica da unica maneira que sabe a sua autoproclamada Politica da Verdade. Desta vez nem é necessário pesquisar em documentos para perceber isso, basta ver e ouvir o que a líder do PSD vai dizendo...

Este vídeo fala por si. Cabe a cada um tirar as suas próprias conclusões.


quinta-feira, 9 de julho de 2009

Conhecimento de Causa

Muitos se queixam da governação e do actual governo. No entanto, quando são indagados no sentido de darem exemplos concretos, ou não os sabem apontar, ou então dão justificações sem qualquer rigor, validade, ou sentido critico. Nesse momento, sente-se que quem se apresenta queixoso, apenas critica por criticar.

Assim, para essas pessoas, e para todos os outros que queiram efectivamente saber e analisar de forma rigorosa aquilo que se fez em Portugal na legislatura que agora está a chegar ao fim, deixo aqui ficar o documento produzido pela Fundação Res Publica com o titulo "Balanço e Marcas do Governo do PS (2005-2009)".

Dessa forma, todos quanto o desejarem, poderão no futuro criticar, mas com conhecimento de causa!

Nessa altura, talvez estejam aptos a apresentar alternativas e propostas concretas!


terça-feira, 7 de julho de 2009

Avançar Portugal

Na Europa pode existir um país, um verdadeiro país.

E esse país, feito de pessoas simples mas sinceras, alegres mas trabalhadoras, firmes mas dedicadas, pode dar um grande exemplo a tantos outros.

Um país que apesar das dificuldades pode tornar-se um modelo de desenvolvimento sustentável, um modelo de progresso e um novo paradigma de desenvolvimento social assente na vanguarda tecnológica e nas vantagens que essa vanguarda pode oferecer na salvaguarda do ambiente e de um futuro verde, próspero e desenvolvido.

Mas esse país não nasce de um momento para o outro, precisa de tempo, de maturação de ideias, de adaptação às novas mentalidades.

E no entanto, isso não é bastante para ocorrer a mudança. É preciso que alguém tenha a coragem de a promover e de batalhar dia atrás dia por ela, contra os velhos do Restelo dos nossos dias.

Que seria da história de Portugal e do Mundo se tivessem dado ouvidos ao velho do Restelo? Nunca teremos resposta a esta pergunta, mas decerto o nosso modo de vida actual estaria influenciado negativamente por essa decisão.

Hoje em dia a riqueza e sustentabilidade dos países mede-se pelas riquezas produzidas e exportadas, de maneira que, países com recursos importantes e cuja procura é elevada têm enorme vantagem competitiva sobre todos os outros.

O problema é que os recursos que actualmente servem esses fins são fundamentalmente escassos, esgotáveis e poluentes, o que pode facilmente levar à conclusão que constituem boas soluções de momento, mas nunca o serão no futuro.

Sejamos claros, só apostando em energias renováveis, num capital humano familiarizado e especializado em novas tecnologias , com redes próprias e autosustentáveis de transportes públicos e individuais, com uma rede de apoio social activa e empenhada no desenvolvimento das classes mais desfavorecidas e com infra-estruturas que permitam reduzir distâncias em relação aos centros económicos do mundo é possível atingir a sustentabilidade no futuro.

E é o futuro que nos espera, não o passado.

Só com a captação de capital intelectual estrangeiro é possível alimentar a sociedade do futuro. Só uma sociedade com as características atrás descritas pode almejar ser considerada uma sociedade do conhecimento. E só uma sociedade do conhecimento pode captar o capital intelectual necessário ao seu desenvolvimento.

Para além disso é preciso firmeza, firmeza para dar o exemplo da procura da exigência e da excelência, porque só pela exigência se chega à excelência e só pela excelência se chega a uma sociedade de topo.

Caros leitores, neste momento Portugal encontra-se numa encruzilhada. Apesar de não o parecer, encontra-se num dos momentos mais decisivos na sua história. E esse momento é decisivo porque estamos a chegar ao ponto sem retorno, o ponto em que, ou se dá o passo que é preciso dar, ou se ficará parado à espera que o próximo comboio apareça. Demasiado tarde, demasiado lento, e em direcção a um futuro já explorado por todos os outros.

Chegou o momento de escolher entre um caminho que visa promover uma sociedade ao mais alto nível, sem presunções desmesuradas mas com ambição e objectividade, e outro, que visa promover a estagnação, o isolamento e a ligação ao passado.

Alguns dizem que o caminho é arriscado! Também o de Vasco da Gama o era, e não foi isso que o impediu. Nesse tempo existiu alguém com a coragem de assumir o risco e enfrentá-lo para o bem de todos. E o resultado está à vista.

Hoje em dia existem pessoas que assumem os riscos e os enfrentam perante todos nós. Só que também é hoje em dia necessária a força de todos, para o alcançar dos objectivos comuns.

Por isso, tenhamos também nós a coragem de assumir Portugal, para que as próximas gerações possam também ficar orgulhosas do caminho traçado e dos riscos envolvidos nas epopeias que nos esperam.

Não podemos admitir aqueles que querem o Portugal do passado. Um Portugal estagnado, sem futuro e com o eterno complexo do parente pobre da Europa.

Juntos, conseguiremos dar continuidade a um projecto que tornará Portugal um verdadeiro País.

Juntos poderemos evitar o risco da paragem súbita de Portugal aos pés dos velhos do Restelo dos nossos dias.

Por todos nós, por Portugal, pelo nosso futuro!

Avançar Portugal!

terça-feira, 9 de junho de 2009

Feriados

Devido aos Feriados que se avizinham, avisam-se todos os estimados leitores que este blog se encontrará encerrado entre os dias 10 e 14 de Junho.
Nesse sentido, apelo à vossa compreensão e aguardo ansiosamente pelo retomar dos trabalhos.
Sem mais de momento, subscrevo-me com elevada estima e consideração.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Fantasmas

Nos tempos que correm,e mais do que nunca, devemos lembrar-nos daqueles que mais precisam.
Porém, lembrar-nos de quem mais precisa é um bom começo que todavia se mostra insuficiente.

Devemos ser activos, intervir, publicar e denunciar todos os casos de pobreza.
Devemos estar atentos e vigilantes.
Devemos importar-nos.
Devemos renunciar à indiferença.

Vamos ser humanos, vamos lutar pelos mais desfavorecidos da nossa sociedade.

A força de uma corrente mede-se pela resistência do seu elo mais fraco, porque é por aí que ela vai partir em primeiro lugar. Não interessa quão resistente é o elo mais forte, mas antes, qual a capacidade do mais fraco.

A sociedade é como uma corrente. Para ser forte tem de olhar primeiros para os seus elos mais fracos, desfavorecidos e desprotegidos.

Fica a mensagem!

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Meu Querido, Meu Velho, Meu Amigo...


(Obrigado ao 100nada e ao Contrafactos)

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Sobre a Educação e o Futuro.

Todos têm a noção que o futuro da sociedade passa inegavelmente pelas novas gerações. Passa inevitavelmente pelos jovens de todo o mundo, que mais tarde ou mais cedo assumirão com a naturalidade que a inevitável passagem do tempo impõe, os destinos e as rédeas da sociedade, das suas organizações e da sua ordem.

Esses jovens irão usar o património cultural, intelectual, moral e educacional que estão neste momento a receber. Toda a cultura de hoje está inevitavelmente a servir de projecção para o futuro.

Em astronomia e cosmologia, quando olhamos para as estrelas vemos o nosso passado, e aquilo que aconteceu à alguns milhares de anos. Da mesma forma, quando olhamos para os nossos jovens e aquilo que os identifica, estamos a ver o nosso futuro.

Quando usamos o telescópio da sociedade, e o apontamos para os jovens, vemos o futuro que nos espera. De tal forma, que vale a pena estar preocupado com a herança que estamos a deixar, porque se no caso do Universo o passado se torna inevitável, no caso do nosso futuro, só dependemos das nossas acções para o tornar melhor.

É gritante a falta de cultura de rigor dos dias de hoje.

Tomemos como exemplo a Matemática (tema a que recorro com alguma insistência por me ser caro) e a posição que tem sido adoptada em relação a esta disciplina.

Como sabem, o insucesso da Matemática tem sido uma das problemáticas relativas à educação dos jovens. Nesse sentido, surgem insistentemente pedagogos e intelectuais a defender a criação de métodos para tornar a Matemática “divertida” de maneira a que os jovens sintam mais facilidade na disciplina.

Na minha opinião, essa visão das coisas está completamente errada e hipoteca o futuro dos jovens e da sociedade.

 A primeira coisa a admitir é que a Matemática é efectivamente difícil. É difícil porque faz parte da sua natureza. É difícil porque exige dedicação. É difícil porque exige estudo.

A resposta ao problema não é torná-la “divertida” ou transformá-la de maneira a torná-la menos rigorosa para que se torne mais fácil. A resposta é dizer aos jovens que a Matemática é difícil, e por ser difícil deve ser encarada com seriedade, com exigência e com rigor. E deve ser encarada assim porque é parte fundamental da formação do pensamento dos indivíduos e da sociedade.

É preciso mostrar aos jovens que aquilo que é fácil e que exige pouco rigor é feito por toda a gente e por isso não oferece qualquer valor acrescentado. Porém, aquilo que exige trabalho, rigor e dedicação é feito por poucos e por isso será sempre valorizado.

Se o objectivo é valorizar a sociedade será necessário deixar a filosofia do “tornar as coisas divertidas” e adoptar a filosofia do “rigor, trabalho, responsabilidade e competência”.

Ainda em relação à educação, denota-se que a sociedade actual se preocupa com os direitos das crianças, com o seu bem-estar e com a sua mais adequada formação, dentro daquilo que é moralmente aceite.

Sou completamente a favor da preservação ao máximo dos direitos das crianças e dos jovens, do seu direito ao bem-estar e da salvaguarda da sua segurança e integridade física e psicológica.

Porém, se as coisas continuarem com o rumo que estão a tomar temo pelo futuro da nossa sociedade dentro de 40/50 anos.

A atitude que se está a tomar em relação às crianças em virtude da filosofia da salvaguarda dos seus direitos está a transformar-se numa inaceitável cultura de “laissez faire”. Os meninos podem fazer tudo aquilo que lhes apetece, fazer birra por tudo e mais alguma coisa, e ai do coitado do paizinho que dê uma palmada no rabiosque do desgraçadinho do menino porque está a infligir maus tratos à criança.

É preciso que as crianças aprendam que não podem fazer tudo o que querem, que não podem ter tudo o que querem, e desde cedo deve ser imposta uma cultura de liberdade responsável, de rigor e de exigência. Ser o melhor, fazer o melhor, superar-se.

Se as coisas continuarem no rumo a que assistimos, dentro de 40 anos teremos uma sociedade de pessoas mimadas, egocêntricas, facilitistas, birrentas e sem sentido de responsabilidade.

Em relação aos outros não sei, mas eu sentir-me-ia triste em saber que as gerações vindouras viveriam numa sociedade assim.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Tertúlia


terça-feira, 26 de maio de 2009

Politica da Verdade

Foi-se assistindo nos últimos dias a diversos desenvolvimentos no âmbito da campanha às eleições europeias deste ano. Agora que começou efectivamente a campanha para as referidas eleições, cumpre-me o dever de tecer algumas considerações sobre o que tem sido dito em tons de pseudo-racionalismo, mas que no entanto, tem a essência do populismo mórbido de quem efectivamente não possui, nem discurso, nem ideias e pior do que tudo, não possui escrúpulos.

Antes de mais, atente-se na imagem de fundo que o Partido Social Democrata encabeçado pela Dra. Manuela Ferreira Leite pretende fazer passar. Depois do que fui ouvindo ao longo dos últimos dias decidi visitar o site do PSD. Na página principal consegui ver reproduzida quatro vezes a expressão Politica da Verdade.

Depois de tanta insistência, e num exercício de retrospecção, estive a reunir algumas das mais mediáticas bandeiras do PSD que sustentam a sua Politica da Verdade.

Para a Dra. Manuela Ferreira Leite, a Verdade é afirmar que a Politica de Investimentos que está a ser efectuada é ruinosa.

Para a Dra. Manuela Ferreira Leite, a Verdade é afirmar que as ligações do TGV são desnecessárias

Para a Dra. Manuela Ferreira Leite, a Verdade é afirmar que a construção de novas auto-estradas é um obstáculo ao progresso do país.

Depois deste exercício de compilação da Politica da Verdade, optei por fazer algo que o PSD parece não ter feito nos últimos tempos, ou seja, consultar os documentos onde estão escritas as suas recentes opções políticas. Já que não se lembram do que fizeram, pelo menos poderiam ler o que escreveram, de maneira a ficarem actualizados sobre opções e acções que tomaram.

Nesse sentido comecei por ler um documento que está disponível a todos, que se chama “Portugal, Grandes Opções do Plano 2004” que foi elaborado pelo Ministério das Finanças no âmbito do Orçamento de Estado de 2004, altura em que exercia funções o XV Governo Constitucional e cuja Ministra das Finanças, vejam só, era a extraordinária defensora da Verdade, Dra. Manuela Ferreira Leite.

Neste documento, que chega a tornar-se hilariante, não pelo seu conteúdo, mas pela completa incoerência em relação às “novas” ideologias das pessoas que o subscreveram, verifica-se a verdadeira Politica desenvolvida pela actual direcção do PSD.

Nesse documento, no capítulo intitulado “Medidas de Política a Concretizar em 2004” é defendida a implementação de vários projectos prioritários determinados pela União Europeia e subscritos pelo então Ministério das Finanças:

Projecto Prioritário nº 3 – Auto-estradas do Mar
Inclui a Auto-estrada da Europa Ocidental, que cobre Arco Atlântico, desde a Península Ibérica até ao Mar do Norte e o Mar da Irlanda.

Projecto Prioritário nº 7 − Linhas Ferroviárias de Alta Velocidade do Sudoeste
Consiste na ligação ferroviária de alta velocidade da Península Ibérica a França, com dois ramos a norte e a sul dos Pirenéus, que permitirão a conexão com as linhas de Alta Velocidade do centro e norte da Europa. Inclui a ligação Lisboa/Porto−Madrid.

Projecto Prioritário nº 11 − Interoperabilidade da Rede Ferroviária de Alta Velocidade da Península Ibérica
Abrange as restantes linhas novas de alta velocidade com bitola europeia ou as linhas adaptadas com dupla bitola na Península Ibérica. Inclui a ligação Porto−Vigo.”

Começa aqui a desenhar-se a Verdade do PSD, dizer uma coisa hoje, e amanhã contradizê-la, para poder obter mais votos.

No entanto, existe algo mais grave. Estes investimentos poderiam estar a ser previstos derivado de uma conjectura económica mais favorável. A questão é que o referido documento não dá muito espaço de manobra nesse sentido, quando no capítulo intitulado “SANEAR AS FINANÇAS PÚBLICAS E DESENVOLVER A ECONOMIA” é dito que é necessário "não só reduzir a despesa, mas sobretudo de a racionalizar de forma a assegurar uma aplicação dos recursos mais eficiente.”

Parabéns Dra. Manuela Ferreira Leite, acabou de desenvolver uma das novas teorias do pensamento político: Quando se é governo implementam-se medidas para quando se for oposição poder combater essas mesmas medidas”. Eu não me lembraria de melhor Politica da Verdade.

Mas não pensem os leitores que o assunto acaba por aqui. De facto, o documento que estou a citar é um verdadeiro atestado da Politica da Verdade propagandeado pelo PSD.

Passemos então ao novo Cavaleiro da Verdade, o Dr. Paulo Rangel. Este bem-falante cavaleiro já nos mostrou que conseguirá rivalizar com o seu colega da oposição Dr. Paulo Portas. De facto, o seu tom de discurso está ao nível dos vencedores do concurso para melhores apregoadores. Mas deixemos de lado a forma e passemos ao que realmente interessa, o conteúdo.

Recentemente, o Dr. Paulo Rangel, acusou o Primeiro-ministro José Sócrates, de ter importado a instabilidade de Espanha ao promover em demasia a parceria económica com o país vizinho.
Pois bem Dr. Paulo Rangel, vamos olhar para o documento que tem sido citado e ver o que é que a actual líder do seu partido pretendia efectuar em termos de política externa no ano de 2004.

“Nas relações com Espanha, optou-se pela maximização das sinergias criadas e pela intensificação das relações políticas, económicas e culturais. A XVIII Cimeira Luso-Espanhola de Valência fortaleceu laços de colaboração, afastou obstáculos a projectos comuns, identificou novas áreas de cooperação e projectou experiências para o futuro; foi assinada a Convenção de Cooperação Transfronteiriça, com impacto directo no desenvolvimento das regiões mais desfavorecidas dos dois lados da fronteira e no aproveitamento de fundos comunitários disponíveis; realizou-se o III Fórum Luso-Espanhol, no Funchal;
desenvolveram-se negociações para criação da Comissão de arbitragem para dirimir a questão das indemnizações a pequenos proprietários espanhóis prejudicados na década de 70;”

O que é que quererá dizer “maximização das sinergias criadas pela intensificação das relações políticas, económicas e culturais”?
Por aquilo que o Dr. Paulo Rangel defende, deve ser uma declaração de Guerra a Espanha, caso contrário estaríamos na presença de uma inverdade proferida pelo cabeça de lista do PSD às eleições europeias, mas isso não pode acontecer porque o PSD defende a Politica da Verdade!

Mas há mais. Num café debate em Matosinhos o Dr., Rangel disse o seguinte:

“A estratégia que o primeiro-ministro definiu em 2005 - Espanha, Espanha, Espanha - foi um fracasso total" e que os seus efeitos negativos na economia portuguesa eram previsíveis.”

Engraçado, parece que o PSD tinha uma ideia completamente equivalente um ano antes. Ah, é verdade, o PSD defende a Politica da Verdade, por isso está tudo bem!

"Toda a gente sabia que a Espanha não ia aguentar a sua bolha imobiliária, desde a pessoa mais indiferenciada até à pessoa mais qualificada. Portanto, quem estivesse a apostar todos os seus cavalos - perdoem-me a vulgaridade da expressão - na economia espanhola ia um dia ter o ricochete disso"

Portanto, quando no documento de base para o Orçamento de estado de 2004 o PSD afirma que pretende a maximização das sinergias criadas pela intensificação das relações políticas, económicas e culturais com Espanha, isso significará o quê? Bem, a mim parece-me que significa apostar todos os seus cavalos em Espanha. Então, como toda a gente sabia que Espanha não ía aguentar, desde os mais indiferenciados aos mais qualificados, isso significa que o Dr. Paulo Rangel e a Dra. Ferreira Leite são o quê?

Eu tenho uma resposta simples. Basicamente, se a Dra. Ferreira Leite e o Dr. Paulo Rangel não são indiferenciados nem qualificados a resposta só pode ser completa falta de competência política.

Para finalizar, e porque o documento que estive a ler é bem esclarecedor, deixo mais duas citações:

“Parceiros estratégicos e privilegiados
- Aprofundar as relações bilaterais, políticas e económicas, com Espanha e outros parceiros comunitários, com o Brasil e com os EUA;”


“Objectivos
manter a estratégia de Lisboa como vertente determinante da acção comunitária;”

Acho que não será necessário comentar a Verdade implícita nestas duas últimas politicas de Manuela Ferreira Leite e do que tem sido dito no âmbito da campanha da Verdade do PSD.

Para finalizar, devo dizer que só reclama a verdade quem se encontra sem ideias e sabe que está descredibilizado. Assim, afirmar que se é dono da verdade, para além de ser prepotente, surge como uma mera bóia de salvação.

No entanto, enquanto uns têm o único objectivo de se manterem a flutuar, outros porém, procuram encontrar terra firme.

A partir das próximas eleições a escolha é simples, ou se opta pela Verdade da deriva numa pequena bóia, ou pela segurança reconfortante da Terra Firme.

Vota pela Europa
Vota por Portugal
Vota Partido Socialista

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Zebra

Um dos mais importantes ilustradores do comportamento humano presente no Código da Estrada, é sem duvida nenhuma, a passadeira.
Fisicamente não passa de um conjunto de riscas brancas pintadas no pavimento das ruas e estradas. Porém, é através delas que se evidencia uma das maiores batalhas do ser humano dos ultimos anos, o “combate” entre o automobilista e o peão.

As passadeiras foram criadas para permitir aos peões terem zonas de atravassemanto preferenciais, onde os condutores dos automóveis tivessem a percepção e a noção que nesse espaço teriam que redobrar as atenções. Por um lado, a existência das passadeiras perimitiria que os condutores não fossem surpreendidos em qualquer lugar da estrada por peões querendo atravessar, e por outro, os peões teriam nas passadeiras uma prioridade especial, o que permitiria garantir a sua segurança.

Em termos teóricos a ideia até nem parece nada má, no entanto, em termos práticos as coisas não se passam exactamente dessa maneira.

Efectivamente, um automobilista deve parar, sempre que vir algum peão parado na passadeira com a intenção de atravessar a estrada.

Muitas vezes verifica-se que podemos estar dez minutos numa posição de atravessamento sem que nenhum condutor pare para nos deixar passar. Essa é uma atitude reprovável. Todavia, gostaria de salientar o comportamento rude, estupido e completamente dificil de entender, que muitos peões tomam quando se vêm na presença de uma passadeira.

Nesse sentido, consegui reunir algumas tipologias do atravessador rude, estupido e completamente dificil de entender:

· O atravessador “eu é que mando nisto tudo” – Este é um tipo de peão que nunca atravessa a passadeira quando não vem nenhum carro e só a decide atravessar quando avista um automovel. Nessa altura, coloca o pezinho na passadeira e atravessa a estrada com o passo mais lento que consegue ter, fazendo um olhar autoritário ao desgraçado que se encontra atrás do volante.
(Este tipo de peões têm notoriamente complexos de inferioridade, sendo que, tentam mostrar-se superiores aos demais usando um dos poucos lugares dentro da comunidade onde detêm alguns previlégios. Simplesmente lamentável)

· O atravessador “conect” – Esta espécie de peão consegue efectuar a proeza de atravessar a estrada e falar ao telemóvel ao mesmo tempo.
(Simplesmente ridiculo)

· O atravessador emotivo – Este exemplo de peão julga que atravessar a passadeira é como estar nas bancadas de um estádio de futebol, e que os condutores são os arbitros da partida. (Deve-se ter em atenção que nestes casos, as mães dos condutores por vezes viajam ao lado deles, e que sair do carro para ir “espetar uma cabeçada num peão” é muito mais fácil do que um árbitro subir a bancada e “dar um biqueiro num adepto”)

· O atravessador tertulia – Este é um tipo de peão que se desloca em grupos. Nesse sentido, quando se vêm numa passadeira, ganham uma vontade irresistivel de falarem uns com os outros enquanto atravessam. (Desconhece-se qual é o prazer de conversar nas passadeiras. Ao que parece, conversar num café ou numa esplanada parece ser uma melhor solução. Uma das causa poderá ser o facto da passadeira fornecer uma carga mistica que activa a parte do cerebro que comanda o apetite tertuliano)

· O atravessador “IronMen” – Este é o mais espetacular de todos os pões. Normalmente este peões deslocam-se de costas para os carros e quando estão a chegar à passadeira, viram subitamente de direcção e atravessam sem sequer olharem para o lado. Simplesmente arrepiante.Devem pensar que têm superpoderes. (Este é o tipo de peão que mais me incomoda, até porque neste grupo estão incluidas pessoas com suposta cultura e formação, que teriam a obrigação de dar o exemplo. Ao tomarem esta atitude mostram não ter respeito pelos outros, porque ninguem adivinha que eles vão atravessar, nem por si próprios, porque se eventualmente algum condutor vier distraído, espeta-lhes semelhante balázio que os mandam todos partidinhos para os cuidados intensivos do Hospital. E agora as pessoas dizem: Ah e tal, ele estava a atravessar na passadeira. Pois eu respondo: Pois estava, e daí? O condutor vai para sua casinha, paga uma multa, responde a um eventual processo em tribunal e o seguro trata do resto. Já o peão, fica sem andar para o resto da vida, é abandonado pela mulher e tem um fim de vida triste e miserável.)

Para concluir, deve referir-se que a passadeira é um local de muita responsabilidade e atenção. Não deve ser encarada levianamente nem com pretensiosismos. Por outro lado, devemos ter em atenção que a nossa segurança está em primeiro lugar e que pelo simples facto de estarmos numa passadeira não quer dizer que estejamos livres de sermos atropelados. É verdade que existem muitos condutores que não nos respeitam, mas a pior maneira de impôr esse respeito é desrespeitando-nos a nós mesmos .

Ao chegar a uma passadeira devemos parar em frente a ela, olhar para ambos os lados, e atravessar quando não vier nenhum carro, ou quando os veiculos pararem para nós atravessarmos. Ao atravessar, devemos fazê-lo de forma célere mantendo uma atitude de cortesia.

As grandes sociedades nascem das pequenas atitudes.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Flor de Lis

Só ontem, é que tomei pela primeira vez contacto com esta canção.
Quanto a vocês não sei, mas para mim, esta é uma das melhores representações Portuguesas dos ultimos tempos no Eurovision Song Contest.
Mesmo que a classificação não venha a ser das melhores, esta musica já se encontra nos meus primeiros lugares de preferência!

Ladies and gentleman, Flor de Lis....

terça-feira, 12 de maio de 2009

Voz da Consciência

As chamas consumindo a criatura,
de força bruta e acto bem feroz.
Que de tal sorte padecia sofrimento
por esse fogo de lavrado tão atroz.

Um calor que derramava bem por dentro
da animalesca alma tão sofrida.
Um queimor que não temia nem o vento,
nem a água, nem o frio, nem a vida.

Por sortes várias a colher a ilusão
de fados por ele bem mais conseguidos,
tentando em qualquer meio a solução,
para os fins a serem todos atingidos.

E nesses meios por voltas todas raras,
chega sempre a brasa do carvão!
Um fogo eterno que se chega e crava
nos limites do seu coração.

E a vida toda é curta neste mister
de tentar apagar do seu tutâno,
o acto infeliz dos seus orgulhos
e do seu desejo mais profano.

Pela via dolorosa foi sentir
que os fins acabariam por voltar,
que tudo aquilo que teria que ser seu
um dia acabaria por chegar.

E aí sentindo justa a recompensa
de tão vil, e triste, e longa espera.
Sentiria bem dentro em sua alma
a gloriosa conquista da quimera.


Mário Oliveira

quinta-feira, 7 de maio de 2009

O Ecoponto Mágico

Perto da minha habitação existe um ecoponto.

Até aqui nada de mais, trata-se um ecoponto como muitos outros. Do alto da imponência dos diversos contentores que o constituem, reflectem-se valores nobres, como a defesa do meio ambiente e a preservação da terra para os habitantes futuros.

No entanto, apercebi-me a algum tempo que o ecoponto perto de minha casa ganhou uma importância deveras extraordinária. Este ecoponto revelou ser um espelho do comportamento da sociedade portuguesa, de maneira que, a partir de agora, vou começar a chamá-lo de ecoponto mágico.

Ora bem, certo dia, estava eu a olhar para o ecoponto mágico, num daqueles momentos de reflexão automáticos em que se aplica a famosa expressão “como um boi a olhar para um palácio”, quando de repente avisto ao longe o espectacular veículo que faz a trasfega do conteúdo dos contentores, de maneira a deixá-los com o devido espaço vazio para que as pessoas possam lá colocar o fruto da sua separação de resíduos caseira. Fui um observador atento daqueles esforçados e barulhentos trabalhos. No fim da operação, o veículo que tratou de descongestionar o conteúdo do ecoponto mágico, seguiu a sua vida em direcção a novas paragens de trasfega.

E eis senão quando, consegue avistar-se ao fundo aquela personagem feminina, deslumbrante, e com um saco de garrafas vazias na mão, dirigindo-se ao ecoponto mágico. Ao chegar junto do Ecoponto mágico, deu-se a magia. A bela rapariga pousou o seu delicado saquinho de garrafas no chão, encostadinho ao contentor, e dirigiu-se de novo em direcção ao lugar de onde tinha vindo. Eis o retrato da sociedade portuguesa no seu máximo esplendor.

Ouçam…o contentor estava VAZIO! Tinham acabado de o esvaziar e a moça não se deu ao esforço de gastar umas 100 calorias no intuito de colocar as garrafas no contentor e o respectivo saco plástico também no local apropriado.

Eu não consegui resistir em lançar o piropo: “A continuar assim não vão haver dietas que te valham”. Ok, fui rude eu sei…mas manifestei dessa forma aquilo que o ecoponto mágico acabava de espelhar acerca da sociedade portuguesa, o comodismo.

Esta situação, como muitas outras a que se vão assistindo nos hipermercados mágicos, nos estacionamentos mágicos e em tantos outros lugares mágicos de Portugal, reflectem aquilo que se deve combater de forma afincada e prioritária no sentido de efectivamente melhorar o nosso país.

O problema de Portugal não são os Políticos, o problema é a sociedade! A questão é que os nossos Políticos também são mágicos, porque acabam por espelhar aquilo que a nossa sociedade representa.

Deixemo-nos dos comodismos e dos conformismos. Basta do discurso do “deixa estar, não vamos agora reclamar e fazer vergonhas”.

De minha parte eu vou continuar a tentar não ser considerado o Mário mágico. Espero que o resto da sociedade também, porque para mágico, já temos o Luís de Matos, e pelos vistos não é tão mau quanto isso.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

As Energias Renováveis em Portugal

O canal canadiando CBC elaborou uma reportagem acerca das Energias Alternativas em Portugal.
Sou da opinião que a procura da melhoria contínua e da excelência são perfeitamente essenciais.
No entanto, deixemos o habitual complexo dos piores da Europa, porque, para além da desmoralização cá dentro, acabamos por promover a descridibilização lá fora!
E de facto, estamos muito longe de sermos os piores.

Um pouco de Orgulho Lusitano não fica nada mal.



segunda-feira, 4 de maio de 2009

Abril no Porto

Estávamos em Abril de 1974, mais concretamente na noite de 24 de Abril desse ano.
Eram cerca de 22 horas e 50 minutos, quando saía das instalações do Quartel General do Porto um Volkswagen 1300, (frequentemente conhecido como “carocha”), descaracterizado e de cor preta. No seu interior seguiam três membros da Secção Especial do Esquadrão da Policia Militar aquartelado na sede da Região Militar do Norte.

A Policia Militar, hoje em dia designada de Policia do Exercito, é uma tropa especialmente vocacionada para zelar e manter a ordem de toda a população militar do exército. No período a que se reportam os acontecimentos, esta unidade do exercito era particularmente activa no sentido de localizar e capturar os chamados desertores, ou seja, todos aqueles que renunciassem à sua obrigação militar. Para além disso desempenhavam outras funções bastante importantes, tendo inclusive granjeado louvores oficiais em missões ultramarinas.

Em Abril de 1974, como já atrás foi dito, havia um esquadrão da Policia Militar aquartelado no Quartel General do Porto. Alguns elementos desse esquadrão formavam a Secção Especial.
A Secção Especial da Policia Militar tinha autorização para uso de traje civil, uma vez que as missões que desempenhava tinham carácter mais sigiloso.

Durante a tarde do dia 24 de Abril, o comandante do esquadrão da Policia Militar, Major Eurico Corvacho, abordou Oliveira, condutor da Secção Especial, no sentido de saber se este tinha alguma patrulha prevista para essa noite. A resposta foi afirmativa, e nesse sentido, Eurico Corvacho, solicitou ao Oliveira, que nessa noite, ele e os restantes colegas da Secção Especial se encontrassem num café da cidade do Porto, no sentido de apurarem informações relativas à captura de um desertor.

Tal como tinha sido combinado, às 22 horas e 50 minutos, saía do Quartel General, o Volkswagen preto conduzido pelo Oliveira, que tinha ao seu lado Pacheco, e atrás, mais um colega da Secção Especial. Os três dirigiram-se então ao café previamente combinado, para se encontrarem com Corvacho.

Depois desse encontro, e de terem feito paragem em mais dois bares, dirigiram-se por volta da meia-noite, e a pedido de Corvacho, para o CICA (Centro de Instrução de Condução Automóvel), uma unidade do exercito instalada ao lado da antiga Reitoria da Universidade do Porto, e onde hoje em dia funciona uma extensão do Hospital de Santo António.

Quando o carro onde seguia a patrulha da Secção Especial se aproximou da entrada do CICA, Corvacho pediu a Oliveira que accionasse os máximos da viatura. Logo de seguida os portões do CICA abriram-se por completo permitindo a entrada do “carocha” para o seu interior.
Neste momento, Oliveira apercebeu-se que algo de estranho se passava, e a razão dessa desconfiança era simples.Em nenhuma unidade militar, é permitida a entrada sem a devida identificação e completa verificação dos elementos que se apresentam.

Mal entraram no CICA, Oliveira questionou Corvacho sobre o que se tinha passado.
Foi aí que Corvacho explicou aos elementos da Secção Especial que estava a pôr-se em marcha um golpe militar e que ele (Corvacho) tinha sido incumbido pelo Otelo Saraiva de Carvalho no sentido de liderar as operações para controlar o Quartel General do Porto. Também explicou que a Secção Especial tinha sido escolhida para liderar a coluna militar que iria tomar posse do Quartel General, por duas razões especiais, a primeira pelo facto da sua flexibilidade de horários, já que a sua chegada ao quartel durante a madrugada não iria levantar quaisquer suspeitas, e a segunda pelo facto da sua influência e conhecimento dos processos de verificação e guarda do Quartel General.
Nessa altura, Corvacho informou que nenhum dos elementos era obrigado a participar e que podiam recusar a missão sem quaisquer consequências. Apesar dos receios óbvios nenhum dos elementos o fez.

Corvacho, Oliveira, Pacheco e Lobo dirigiram-se para a sala de comando instalada no CICA. Aí, os diversos oficiais envolvidos no movimento demonstravam a pressão a que estavam sujeitos, quer pelo fumo que se sentia na sala quer pela sua própria agitação. Cada um daqueles elementos tinha uma função especifica a desempenhar. Um deles, que estava incumbido de ocupar o lugar de um Brigadeiro, dizia que iria levar uma granada no bolso e que caso ele não se rendesse colocava-lhe a granada na boca e sacrificava-se pela pátria. É um relato chocante, mas revelador da pressão e também do sentido de serviço a que aqueles homens estavam sujeitos e demonstravam.

Pouco depois formava-se a uma coluna militar com camiões de soldados, veículos pesados e artilharia. Na sua frente, o Volkswagen 1300.
A coluna militar seguiu então em direcção ao Quartel General. A coluna dirigiu-se para a entrada das traseiras, e Oliveira que tinha sido incumbido por Corvacho no sentido de desempenhar essa missão, dirigiu-se à Porta de Armas do Quartel para que o Oficial-de-dia, desse ordem para abertura dos portões. Antes disso, Oliveira já tinha explicado a Corvacho que quando os sentinelas iam abrir o portão pousavam a sua arma sempre num sitio especifico, o que permitiria desarmar quase de imediato esses sentinelas.

E assim foi. Quando Oliveira voltou para as traseiras do Quartel, já os portões estavam a ser abertos e os sentinelas desarmados. Mas o sucesso ainda não estava garantido. Para os golpistas poderem reclamar o Quartel General, tinham que capturar o General que nele habitava. Nesse sentido, havia ainda um obstáculo a ultrapassar, chamado Guimarães.

O Guimarães tratava-se de um elemento da Policia Militar com uma envergadura física impressionante, que como todos os Policias Militares, consequência da sua formação, cumpria as regras estabelecidas com todas as sua forças.

Como um dos objectivos do Golpe Militar em marcha era a minimização do número de mortes, Corvacho pediu ao Guimarães que entregasse a sua arma, coisa que os militares são instruídos para não fazer em qualquer circunstância. Mas Guimarães manteve-se completamente irredutível. Corvacho, que tinha um objectivo a cumprir encostou uma pistola ao Guimarães e ameaçou-o de morte. Nesse momento, Oliveira pediu calma e falou com Guimarães no sentido de o convencer a entregar a sua arma, pois também ele já fazia parte do movimento. E assim aconteceu. Guimarães juntou-se ao demais e o General foi capturado.
Momentos mais tarde o Comando das Operações do golpe Militar era informado que o Quartel General do Porto estava controlado.


Esta história que aqui narrei teve como principal objectivo homenagear esses homens valentes que contribuíram para o nascimento da liberdade em Portugal.

É com grande orgulho que afirmo que o Oliveira indicado na história, cujo nome completo é Mário Francisco Gomes de Oliveira, é meu Pai.

Quando se fala no 25 de Abril, dá-se todo o destaque às operações em Lisboa, que foram muito importantes, sem duvida. No entanto, é um acto de justiça para a com a nossa história não esquecermos todos aqueles que nas diversas partes do país também fizeram a revolução e permitiram que Portugal não mergulhasse desde logo numa Guerra Civil e que o Golpe tivesse o sucesso que se veio a verificar.

Um especial destaque ao Major Eurico Corvacho, que comandou as operações da revolução na zona norte do país e que tanto foi esquecido e injustiçado. De minha parte e de parte de meu Pai, Muito Obrigado.


Viva o 25 de Abril!
Viva a Liberdade!
Viva Portugal!

quinta-feira, 30 de abril de 2009

O Sonho

Se eu vir no céu uma estrela a brilhar.
Se eu vir no céu uma ave a voar.
Saberei sorver todos esses momentos
que em sonhos anseio por concretizar.

O céu, o mar, o infinito,
e tudo aquilo em que eu mais acredito,
estão lá…
Nesse lugar, puro de magia,
nesse outro mundo de nostalgia.
E é então que chega a raiva, a dor, o grito.

E eis que o sonho se desvanece,
tão rápido vem como desaparece.
E eu, cansado de esperar,
olho o céu mais uma vez…
Poderei cansar-me de esperar,
mas nunca me cansarei de sonhar.


Mário Oliveira

quarta-feira, 29 de abril de 2009

O Método

Escrevo pela primeira vez neste blog recém-criado.

Estando eu perante esta primeira intervenção escrita, pensei em fazer uma espécie de introdução que explicasse os objectivos, os temas e as considerações a serem tratados neste blog. Abandonei a ideia!

Assim, cumpre-me o acaso, tecer algumas considerações acerca de algo completamente negligenciado em Portugal, o Método.

Em todas as tarefas, acções, empreendimentos, projectos e demais acções individuais ou colectivas levadas a cabo pelos indivíduos, ou grupos de individuos, deveria existir uma filosofia muito básica, a que eu chamo de maneira muito prática: “Começar pelo princípio”.

“Começar pelo princípio” é ter em consideração os aspectos mais básicos quando se inicia algo. Por muito triviais que esses aspectos possam parecer é necessário ter a humildade de os considerar, na medida em que, certamente irão influenciar o sucesso de qualquer iniciativa a levar a cabo.

A sociedade portuguesa tem um problema no que respeita à filosofia de “Começar pelo Principio”. Aliás, parece ser aversa a esse tipo de filosofia. Em Portugal as coisas começam-se a meio, a três quartos do fim, quase no fim, pertinho do princípio, e em muitos outros momentos entre o princípio e o fim, mas nunca onde deveriam exactamente começar, ou seja, no princípio.

E no princípio está o Método!

No nosso país não existe a noção da importância do Método. E essa lacuna verifica-se transversalmente em toda a sociedade e em todos os sectores de actividade.

Num momento de crise internacional, quer financeira, quer de valores, os países discutem e debatem aquilo que pode ser feito para alterar o rumo da situação, ou pelo menos, minorar os seus efeitos. E Portugal não será excepção.

Discutem-se soluções e politicas económicas, reformas na justiça e adequabilidade de novos investimentos, deixando-se para trás questões importantes, e de fundo, às quais é imperioso dar atenção porque é fundamental “Começar pelo princípio”.
Num dos dicionários mais simples que eu pude encontrar, a palavra Método está definida da seguinte forma: maneira ordenada de fazer as coisas. Ora bem, é esse mesmo o objectivo.

Faça-se agora uma pequena ronda por alguns sectores do nosso país para ser mais perceptivel o alcance e a importância desta pequena palavra:

Educação

Será que os alunos em Portugal têm noção de Método? Na minha opinião, nem por sombras.
Se a noção fosse incutida nos alunos desde os primeiros anos da sua formação, estes não teriam certamente os famosos e badalados insucessos na Matemática. Mas mais importante que tudo isso, seria fazer com que os estudantes autonomizassem a sua aprendizagem, ou seja, não ficassem tão dependentes dos professores, e desenvolvessem desde cedo a capacidade de auto-aprendizagem. Isto porque os alunos em Portugal são programados como automatos para responder às solicitações dos professores e dos exames (coisa que também parece já não acontecer muito).

Justiça

Os casos sucedem-se. As críticas adensam-se. Os prazos dilatam-se.
Neste cenário, o que fazer?
Bem, o que tem sido feito pode ser considerado como uma manta de retalhos reformista, onde se colam remendos aqui e se tapam uns buracos acolá.
E o Método? Bem, por aquilo que vou vendo, o Método deve ter cometido algum crime, porque há muito tempo que tem fugido à justiça!
O que tem de ser feito relativamente à justiça passa em primeiro plano por legislar. Mas fazê-lo de uma forma metódica, estabelecendo um plano com objectivos, que deveria ser seguido até ver esses objectivos atingidos.
Não faz sentido criar objectivos, para que estes sejam alterados na legislatura seguinte, aquando da mudança de partido de governo.


Segurança Social

Ter um método implica perceber todas as dimensões de políticas criadas. Só se atinge um objectivo quando todas as premissas a ele associadas são cumpridas. Contentar-se em atingir meio objectivo, significa menos do que não o atingir. Assim, é imperioso valorizar e reforçar a fiscalização dos processos de segurança social para que os recursos disponíveis sejam distribuídos de forma justa, a todos aqueles que efectivamente necessitam e valorizam os apoios que recebem. Esses são os fundamentos dos verdadeiros estados sociais. Meus caros, o Método está sem abrigo!



Poderiam ainda tecer-se considerações acerca de outras áreas de interesse da sociedade, mas o artigo em causa já vai longo.

Assim e para terminar peço a todos que porventura leram este artigo que fomentem a importância do método, principalmente junto dos mais pequenos.
Incentivem-nos a criar os seus próprios métodos de estudo, de aprendizagem, de sociabilidade.

É preferível ter um método fraco do que simplesmente não o ter.

Navegar à deriva é muito diferente do que navegar com um horizonte, porque mesmo que esse horizonte seja errado, ainda há a fé, e a esperança!