sexta-feira, 31 de julho de 2009

Férias

E como não podia deixar de ser, chegaram as férias!

Não sou como alguns que dizem que mesmo de férias continuarei a manter o blog actualizado.
Por isso, nos próximos dias este blog estará fechado para férias, ou seja, não existirá qualquer novidade!

Ainda assim, pode-se aproveitar este período para ir cimentando ideias acerca daquilo que queremos para o país.

Nesse sentido deixo ficar o link do Programa Eleitoral do PS relativo às próximas eleições legislativas para que todos aqueles que nas próximas eleições quiserem tomar uma decisão em verdadeira consciência o possam fazer.

Numa lógica democrática pensei também em disponibilizar o Programa Eleitoral do principal Partido da oposição, para que pudessem ser feitas as devidas comparações. O problema é que ele ainda não existe!

Posto isto, ficam os desejos de umas excelentes férias para todos, ou se não for esse o caso, Bom trabalho.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Política da Verdade III

Aos poucos e poucos Manuela Ferreira Leite vai lentamente explicando aos portugueses aquilo que é a sua Politica da Verdade.
Desta vez, a mais recente intervenção ocorreu ontem numa conferência organizada pelo jornal Diário Económico, num hotel de Lisboa.

Nessa intervenção revela-se o brilhantismo do pensamento político da nossa ilustre candidata ao lugar de Primeiro-Ministro da Republica Portuguesa.

A propósito das declarações do Ministro das Finanças e da Economia acerca da intenção de tornar a tributação fiscal mais justa efectuando para isso um ajuste no sentido da diminuição dos beneficios fiscais e respectivas deduções de todos os que possuem rendimentos elevados, ou seja, acima de 5000 euros por mês, a lider do Partido Social Democrata disse o seguinte: 

"Eu discordo completamente que sejam tomadas em relação ao sistema fiscal medidas discricionárias, como, por exemplo, uma que foi anunciada ultimamente e que tem a ver com a tal linguagem dos ricos e dos pobres, dizendo que em relação aos ricos se vai retirar determinado tipo de benefícios, de deduções fiscais, e em relação aos outros provavelmente não"

"Mal vai o país se começa a olhar para os chamados ricos com olhos de menos consideração. Eu em relação aos ricos há apenas um sentimento que tenho e que é: tenho pena de não o ser. Fora disso, o país só progride, só todos têm vantagem que existam ricos.É bom que eles existam, é bom que dêem muitas festas, que comprem muitas coisas, porque isso dá postos de trabalho a dezenas de pessoas".

Sinceramente acho que aquilo que foi dito pela Dra. Manuela Ferreira Leite é de tal forma explicito que chega a ser dificil comentar as ditas afirmações.

No entanto, e numa lógica de Politica da Verdade, devemos tecer algumas considerações sobre aquilo que foi dito.

Ora bem, o mundo encontra-se em contexto de crise, ou seja, as grandes potências económicas encontram-se em recessão, o que leva economias abertas e dependentes das grandes potências a sofrerem também com todo esse clima económico negativo. Uma dessas economias é Portugal.

Dessa maneira, em Portugal o poder de compra diminuiu face à crise existente. A Economia abrandou, produzem-se menos riquezas do que o normal o que leva á existência de maior dificuldade por parte dos mais desfavorecidas e cujos rendimentos são mais baixos em conseguirem manter a sua sustentabilidade económica.

Nesse contexo, e com o intuito de relançar a economia, são tecidos esforços para efectuar investimento público que gere emprego e ajude a dinamizar a Economia. Uma vez que os recursos são escassos, e em virtude de uma questão de justiça tributária, social e até moral, é anunciado que quem recebe rendimentos altos, não deverá usufruir dos mesmos beneficios fiscais de que usufruem as classes mais desfavorecidas. Não se fala sequer em aumentar taxas de imposto, fala-se apenas de ajustar a atribuição de beneficios aqueles que em bom rigor e em nome da justiça, deles não devem usufruir.

Sabendo tudo isto, a líder da oposição diz que a medida anunciada é discricionária.
 
Se a medida é discricionária, porque é que a Dra. Manuela Ferreira Leite não fala das diferentes taxas de tributação dos impostos? Pela sua lógica todos os contribuintes deveriam ser taxados da mesma forma indepependentemente do seu nível de rendimentos, o que não acontece agora, e o que não acontecia quando a mesma Dra. Manuela Ferreira Leite era Ministra das Finanças. Então, porque é que a Dr. Ferreira Leite não critica o sistema de tributação em que também participou?

Mas esta questão da medida ser discricionária ou não, é irrelevante face à extraordinária conclusão que se pode tirar das restantes desclarações da líder do PSD. Se virmos bem as coisas, à luz da sua intervenção, descobrimos que existe uma solução infalível para Portugal sair da crise. Para isso, basta ao estado dar umas avultadas quantias de dinheiro a umas quantas pessoas de maneira a torná-las ricas porque com mais esses ricos o “país só progride”. 

Por aquilo que se ouviu, as medidas que Dra. Ferreira Leite preconiza para combater a crise passarão por criar de forma automática e espontânea novos ricos, para que eles “dêem muitas festas e comprem muitas coisas porque isso dá postos de trabalho a dezenas de pessoas”.

Desta maneira Ferreira Leite explica que o novo conceito da sua Politica da Verdade se baseia numa lógica de que enquanto alguns se debatem para saber quem é que ficou mais rico à custa do BPN, os trabalhadores que sofrem a crise, ficam à espera que esses mesmos ricos façam festas e comprem muitas coisas para poderem vir a sonhar com um emprego.

A sociedade portuguesa deveria prostrar-se ao pés de todos os ricos de país e quem sabe fazer um peditório para lhes entregar mais alguns euros de maneira a ser possível que eles na sua infinita bondade e altruísmo ajudassem as pessoas mais desfavorecidas, fazendo umas festas e comprando uns iates.

Começa a tornar-se claro que a alternativa que o PSD constitui, se revela cada vez mais desastrosa. Por um lado continua a protelar a apresentação das suas ideias concretas para o país, e por outro, aquilo que vai lentamente revelando não tem qualquer tipo de cabimento (quer dizer, para os ricos até tem).

terça-feira, 28 de julho de 2009

Menina dos Olhos de Água

Às vezes não são precisas muitas palavras para trasmitir ideias, pensamentos ou sentimentos.

Uma grande musica, um grande poema e um excelente interprete são o suficiente.



segunda-feira, 20 de julho de 2009

Apollo XI

Fazem hoje 40 anos desde que um ser humano pisou a lua pela primeira vez!

É um feito extraordinário, não só por aquilo que teve que ser alcançado em termos tecnológicos para o conseguir, mas principalmente pelo exemplo.

O homem chegou à lua não por uma mera casualidade cósmica ou coincidência favorável. O homem chegou à lua porque decidiu que o ía fazer. Ir à lua foi unicamente fruto da sua vontade. E essa sua vontade foi suficiente para alcançar um objectivo que no inicio parecia quase impossível!

Dá que pensar!




Tempo de Agir

A sociedade portuguesa é pouco exigente!

Não chego a esta conclusão apoiado em qualquer estudo de opinião ou relatório com bases estatisticas. No entanto, também não o faço de ânimo leve.

A alguns dias atrás, enquanto conversava com alguns jovens no sentido de perceber as suas opniões acerca da governação do Concelho de Santa Maria da Feira dos ultimos anos, foi-me dito que podiam existir alguns aspectos negativos, mas que no entanto, não viam grandes problemas porque as coisas estavam “a andar” e as instituições e organismos do Concelho funcionavam tal como deviam.

Nessa altura fiquei preocupado. E a maior causa dessa preocupação não foi o facto de se considerar que na governação do actual presidente da Câmara as instituições e organismos municipais funcionaram como deviam, o que por si só é preocupante, porque é sabido e notório que nem isso aconteceu. A maior causa de preocupação, essa sim, foi o espirito conformista e pouco exigente da nossa sociedade, com a agravante da referida mentalidade parecer estar já entranhada nas faixas etárias em que o sentimento de evolução deveria ser maior.

Como é possível considerar que manter as instituições a funcionar é um bom trabalho?
Manter as instituições a funcionar é uma obrigação básica de qualquer executivo. 

O mérito está em encontrar novas formas de desenvolvimento, colocar no terreno os frutos de novas ideias de evolução para o bem da sociedade a todos os níveis. O mérito está em promover o desenvolvimento integrado das pessoas e das suas organizações para a sustentabilidade do Concelho. O mérito está em evoluir, pensar mais longe e concretizar esses pensamentos.

Na conversa que tive com os jovens fui questionado no sentido de enumerar aspectos negativos na governação de Alfredo Henriques.
Pois bem, imbuido do espirito de missão que todos devemos ter, enumerei cuidadosamente tudo aquilo em que considerei que o executivo de Alfredo Henriques falhou, o que se verificou não ser pouca coisa.
Porém, no fim dessa cuidada enumeração destaquei aquele que se mostra o erro crasso de Alfredo Henriques, aquele que na minha opinião é o mais grave de todos: permitir que a sociedade Feirense, incluindo os seus jovens, tenha alimentado uma mentalidade de conformismo e de estagnação, uma mentalidade de falta de exigência.

E essa mentalidade foi alimentada ao longo dos ultimos 23 anos.

Por este motivo é que o nosso trabalho é tão importante. Temos que devolver ao povo Feirense aquilo que desde sempre foi seu por direito, uma atitude forte, empreendedora, lutadora e visionária.

E mais do que politicas, que são também da maior importância, devemos destacar os valores da exigência, da evolução e da procura exponencial do desenvolvimento.

No passado dia 18, assisti ao discurso de apresentação da Candidatura do Sr. Alcides Branco à presidência da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira.
E nesse discurso, para além do rigor e da visão das medidas concretas apresentadas, o que eu notei em grande destaque, foi a atitude, o sentido de solidariedade, a vontade de mudar, de evoluir, não só o Concelho, mas também a mentalidade de todos quantos lá vivem.
Nesse discurso revelou-se a pessoa que pode operar a mudança no nosso Concelho.

Nesse sentido, todos temos o dever moral, civico e de cidadania de apoiarmos esta causa.
A causa da rotura com o passado e seu espirito conformista. A causa da rotura com aqueles que teimam em seguir ano após ano os mesmos ritmos de evolução por arrasto, e não por iniciativa.
A causa dos Feirenses que imbuídos na politica do marasmo de Alfredo Henriques precisam de alguém que os ajude a alargar os horizontes e fazer de Santa Maria da Feira um dos Concelhos mais respeitados do país a todos os níveis, lugar aliás, que é seu de pleno direito.

E todos teremos força, porque é tempo de agir!

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Aos Camaradas

Caros Camaradas, aproximam-se grandes lutas!

Nos meses que se seguem esperam-se enormes dificuldades e tribulações. Por isso mesmo, temos que nos unir para ganhar força. Temos que perseverar para ganhar respeito. Temos que batalhar para alcançar a vitória.

Nas lutas que nos esperam é importante que estejamos cientes das responsabilidades que carregamos nos ombros. Temos que ter presente o passado do Partido Socialista e tudo aquilo que já foi feito pelos nossos antecessores.  É preciso que nos lembremos de todo o esforço e sacrifício pelos quais tantos homens e mulheres passaram, em prol de uma causa, a nossa causa!

Por isso, temos que actuar com elevação, com rigor, com respeito e com responsabilidade.

E no calor da luta, não nos esqueçamos dos nossos principais ideais, dos nossos valores e das nossas ideias. As mesmas ideias que nos separam dos demais, e que tornam a nossa acção tão importante para todos.

Por ultimo, um apelo para que pensemos no mais importante de tudo: as pessoas! Que nunca nos esqueçamos que tudo aquilo que fazemos é pelas pessoas e pela sociedade.

Caros Camaradas, está na hora!

Vamos vencer 2009!

 


quarta-feira, 15 de julho de 2009

Kousas e Lousas

Existem valores como a seriedade e a honestidade.

Esses valores podem ser enquadrados em várias vertentes da vida dos indivíduos, tais como a pessoal, a inter-relacional, a intelectual, a politica, e tantas outras em que se podem ver aplicadas.

No entanto, muitos indivíduos não reconhecem a existência desses dois valores fundamentais, de maneira que chegam a renunciar por completo à seriedade e à honestidade com o único fim de atingirem os seus objectivos. E esses objectivos podem ser considerados válidos ou não, porém, se eles forem atingidos com base na falta de seriedade e honestidade, perdem por completo a sua validade e legitimidade.

Esta pequena introdução serve apenas para enquadrar aquilo que eu verifiquei acerca do que vai sendo escrito no blog, que por indicação de algumas pessoas tomei contacto, denominado Kousas e Lousas. Com sentido de abertura e pluralidade decidi ler um pouco o conteúdo que emana desse espaço da blogosfera de que me tinham falado.

Não estou muito de acordo com a crítica a este tipo de espaços, na medida em que eles se revelam como escapes de opinião pessoal e hipérboles dos sentimentos, crenças e delírios emocionais dos seus autores, que não estão normalmente sujeitos a criticas objectivas.

Mas neste caso é necessário tecer considerações em virtude da falta de seriedade e honestidade.

O blog em causa parece ser um refúgio literário de detrminadas forças politicas, e mostra-se como uma espécie de tentáculo dos seus “modus operandi” que não deixa qualquer margem para dúvidas acerca dos seus modos de actuação. Sempre afirmei que essas forças politicas nunca poderiam constituir-se como alternativa credível. Isto acontece porque desde sempre pautam a sua actuação por uma filosofia destrutiva. Enquanto outras forças partidárias se esforçam à longos anos no sentido da construção de algo positivo, essas apenas se preocupam em destruir, enxovalhar e ridicularizar tudo aquilo que consideram opor-se aos seus objectivos máximos e primários: a luta pelo poder.

É fácil perceber pela leitura do referido blog a falta de seriedade e honestidade, mas o que se torna mais reprovável é a maneira como os seus autores assumem essa falta de seriedade como uma característica que os define e norteia.

A maneira e a linguagem com que presenteiam a blogosfera é completamente desajustada daquilo que deve ser a conduta do debate político e da crítica de ideias. Com certeza que o objectivo dos seus autores não será esse, mas antes, a produção de um espectáculo de show-off populista de tentativa de fidelização das massas de uma faixa etária mais jovem e menos esclarecida, que acaba inevitavelmente por adquirir os hábitos/vícios dos mentores desse projecto.

Por ultimo, e porque as palavras aqui deixadas já ultrapassam em muito aquilo que é devido pelo assunto em causa, queria deixar uma última referência ao caso “Patric Figueiredo”.

Mais uma vez, este assunto mereceu uma actuação abútrea por parte do blog já referido.

No post em causa é dito pelo seu autor que:

 Apesar de não conhecer o nosso jovem Patric, penso que o que acaba de fazer e principalmente as explicações dadas, demonstra ter ideias bem definidas e amadurecidas.”

Relativamente ao autor deste post podem acontecer duas situações: ou é intelectualmente facilitista, ou em alternativa, usa o populismo de forma deliberada.

E é fácil chegar a estas conclusões. Pelo que é referido pelo próprio Patric só existem duas explicações para o seu afastamento do PS, o populismo emergente e as receitas neo-liberais. Ora, como é que alguém em plena consciência e em pleno uso dos valores de honestidade e seriedade pode aceitar estes dois chavões apresentados como “ter ideias bem definidas e amadurecidas”. Definitivamente só alguém com mentalidade populista o pode fazer, porque por um lado destaca para segundo ou terceiro plano o uso da sinceridade e honestidade, e por outro, revela por esse mesmo facto falta de consciência.

Aliado a tudo isso é triste perceber a montagem que foi feita relativamente à carta de demissão citada, principalmente o parágrafo final. Simplesmente ridículo.

Para finalizar, gostaria de dizer algo sobre a conduta do Patric. Não quero parecer moralista nem dono da verdade porque não sou nem uma coisa nem outra. No entanto, a maneira como tomou a sua decisão e a justificou, é na minha opinião, digna representante de uma brincadeira de escola. Sinceramente, penso que alguém que actua desta forma nunca merecerá fazer parte de uma organização respeitável e com provas dadas como é a JS. 

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Politica da Verdade II

Mais uma vez, o maior partido da oposição justifica da unica maneira que sabe a sua autoproclamada Politica da Verdade. Desta vez nem é necessário pesquisar em documentos para perceber isso, basta ver e ouvir o que a líder do PSD vai dizendo...

Este vídeo fala por si. Cabe a cada um tirar as suas próprias conclusões.


quinta-feira, 9 de julho de 2009

Conhecimento de Causa

Muitos se queixam da governação e do actual governo. No entanto, quando são indagados no sentido de darem exemplos concretos, ou não os sabem apontar, ou então dão justificações sem qualquer rigor, validade, ou sentido critico. Nesse momento, sente-se que quem se apresenta queixoso, apenas critica por criticar.

Assim, para essas pessoas, e para todos os outros que queiram efectivamente saber e analisar de forma rigorosa aquilo que se fez em Portugal na legislatura que agora está a chegar ao fim, deixo aqui ficar o documento produzido pela Fundação Res Publica com o titulo "Balanço e Marcas do Governo do PS (2005-2009)".

Dessa forma, todos quanto o desejarem, poderão no futuro criticar, mas com conhecimento de causa!

Nessa altura, talvez estejam aptos a apresentar alternativas e propostas concretas!


terça-feira, 7 de julho de 2009

Avançar Portugal

Na Europa pode existir um país, um verdadeiro país.

E esse país, feito de pessoas simples mas sinceras, alegres mas trabalhadoras, firmes mas dedicadas, pode dar um grande exemplo a tantos outros.

Um país que apesar das dificuldades pode tornar-se um modelo de desenvolvimento sustentável, um modelo de progresso e um novo paradigma de desenvolvimento social assente na vanguarda tecnológica e nas vantagens que essa vanguarda pode oferecer na salvaguarda do ambiente e de um futuro verde, próspero e desenvolvido.

Mas esse país não nasce de um momento para o outro, precisa de tempo, de maturação de ideias, de adaptação às novas mentalidades.

E no entanto, isso não é bastante para ocorrer a mudança. É preciso que alguém tenha a coragem de a promover e de batalhar dia atrás dia por ela, contra os velhos do Restelo dos nossos dias.

Que seria da história de Portugal e do Mundo se tivessem dado ouvidos ao velho do Restelo? Nunca teremos resposta a esta pergunta, mas decerto o nosso modo de vida actual estaria influenciado negativamente por essa decisão.

Hoje em dia a riqueza e sustentabilidade dos países mede-se pelas riquezas produzidas e exportadas, de maneira que, países com recursos importantes e cuja procura é elevada têm enorme vantagem competitiva sobre todos os outros.

O problema é que os recursos que actualmente servem esses fins são fundamentalmente escassos, esgotáveis e poluentes, o que pode facilmente levar à conclusão que constituem boas soluções de momento, mas nunca o serão no futuro.

Sejamos claros, só apostando em energias renováveis, num capital humano familiarizado e especializado em novas tecnologias , com redes próprias e autosustentáveis de transportes públicos e individuais, com uma rede de apoio social activa e empenhada no desenvolvimento das classes mais desfavorecidas e com infra-estruturas que permitam reduzir distâncias em relação aos centros económicos do mundo é possível atingir a sustentabilidade no futuro.

E é o futuro que nos espera, não o passado.

Só com a captação de capital intelectual estrangeiro é possível alimentar a sociedade do futuro. Só uma sociedade com as características atrás descritas pode almejar ser considerada uma sociedade do conhecimento. E só uma sociedade do conhecimento pode captar o capital intelectual necessário ao seu desenvolvimento.

Para além disso é preciso firmeza, firmeza para dar o exemplo da procura da exigência e da excelência, porque só pela exigência se chega à excelência e só pela excelência se chega a uma sociedade de topo.

Caros leitores, neste momento Portugal encontra-se numa encruzilhada. Apesar de não o parecer, encontra-se num dos momentos mais decisivos na sua história. E esse momento é decisivo porque estamos a chegar ao ponto sem retorno, o ponto em que, ou se dá o passo que é preciso dar, ou se ficará parado à espera que o próximo comboio apareça. Demasiado tarde, demasiado lento, e em direcção a um futuro já explorado por todos os outros.

Chegou o momento de escolher entre um caminho que visa promover uma sociedade ao mais alto nível, sem presunções desmesuradas mas com ambição e objectividade, e outro, que visa promover a estagnação, o isolamento e a ligação ao passado.

Alguns dizem que o caminho é arriscado! Também o de Vasco da Gama o era, e não foi isso que o impediu. Nesse tempo existiu alguém com a coragem de assumir o risco e enfrentá-lo para o bem de todos. E o resultado está à vista.

Hoje em dia existem pessoas que assumem os riscos e os enfrentam perante todos nós. Só que também é hoje em dia necessária a força de todos, para o alcançar dos objectivos comuns.

Por isso, tenhamos também nós a coragem de assumir Portugal, para que as próximas gerações possam também ficar orgulhosas do caminho traçado e dos riscos envolvidos nas epopeias que nos esperam.

Não podemos admitir aqueles que querem o Portugal do passado. Um Portugal estagnado, sem futuro e com o eterno complexo do parente pobre da Europa.

Juntos, conseguiremos dar continuidade a um projecto que tornará Portugal um verdadeiro País.

Juntos poderemos evitar o risco da paragem súbita de Portugal aos pés dos velhos do Restelo dos nossos dias.

Por todos nós, por Portugal, pelo nosso futuro!

Avançar Portugal!