terça-feira, 7 de julho de 2009

Avançar Portugal

Na Europa pode existir um país, um verdadeiro país.

E esse país, feito de pessoas simples mas sinceras, alegres mas trabalhadoras, firmes mas dedicadas, pode dar um grande exemplo a tantos outros.

Um país que apesar das dificuldades pode tornar-se um modelo de desenvolvimento sustentável, um modelo de progresso e um novo paradigma de desenvolvimento social assente na vanguarda tecnológica e nas vantagens que essa vanguarda pode oferecer na salvaguarda do ambiente e de um futuro verde, próspero e desenvolvido.

Mas esse país não nasce de um momento para o outro, precisa de tempo, de maturação de ideias, de adaptação às novas mentalidades.

E no entanto, isso não é bastante para ocorrer a mudança. É preciso que alguém tenha a coragem de a promover e de batalhar dia atrás dia por ela, contra os velhos do Restelo dos nossos dias.

Que seria da história de Portugal e do Mundo se tivessem dado ouvidos ao velho do Restelo? Nunca teremos resposta a esta pergunta, mas decerto o nosso modo de vida actual estaria influenciado negativamente por essa decisão.

Hoje em dia a riqueza e sustentabilidade dos países mede-se pelas riquezas produzidas e exportadas, de maneira que, países com recursos importantes e cuja procura é elevada têm enorme vantagem competitiva sobre todos os outros.

O problema é que os recursos que actualmente servem esses fins são fundamentalmente escassos, esgotáveis e poluentes, o que pode facilmente levar à conclusão que constituem boas soluções de momento, mas nunca o serão no futuro.

Sejamos claros, só apostando em energias renováveis, num capital humano familiarizado e especializado em novas tecnologias , com redes próprias e autosustentáveis de transportes públicos e individuais, com uma rede de apoio social activa e empenhada no desenvolvimento das classes mais desfavorecidas e com infra-estruturas que permitam reduzir distâncias em relação aos centros económicos do mundo é possível atingir a sustentabilidade no futuro.

E é o futuro que nos espera, não o passado.

Só com a captação de capital intelectual estrangeiro é possível alimentar a sociedade do futuro. Só uma sociedade com as características atrás descritas pode almejar ser considerada uma sociedade do conhecimento. E só uma sociedade do conhecimento pode captar o capital intelectual necessário ao seu desenvolvimento.

Para além disso é preciso firmeza, firmeza para dar o exemplo da procura da exigência e da excelência, porque só pela exigência se chega à excelência e só pela excelência se chega a uma sociedade de topo.

Caros leitores, neste momento Portugal encontra-se numa encruzilhada. Apesar de não o parecer, encontra-se num dos momentos mais decisivos na sua história. E esse momento é decisivo porque estamos a chegar ao ponto sem retorno, o ponto em que, ou se dá o passo que é preciso dar, ou se ficará parado à espera que o próximo comboio apareça. Demasiado tarde, demasiado lento, e em direcção a um futuro já explorado por todos os outros.

Chegou o momento de escolher entre um caminho que visa promover uma sociedade ao mais alto nível, sem presunções desmesuradas mas com ambição e objectividade, e outro, que visa promover a estagnação, o isolamento e a ligação ao passado.

Alguns dizem que o caminho é arriscado! Também o de Vasco da Gama o era, e não foi isso que o impediu. Nesse tempo existiu alguém com a coragem de assumir o risco e enfrentá-lo para o bem de todos. E o resultado está à vista.

Hoje em dia existem pessoas que assumem os riscos e os enfrentam perante todos nós. Só que também é hoje em dia necessária a força de todos, para o alcançar dos objectivos comuns.

Por isso, tenhamos também nós a coragem de assumir Portugal, para que as próximas gerações possam também ficar orgulhosas do caminho traçado e dos riscos envolvidos nas epopeias que nos esperam.

Não podemos admitir aqueles que querem o Portugal do passado. Um Portugal estagnado, sem futuro e com o eterno complexo do parente pobre da Europa.

Juntos, conseguiremos dar continuidade a um projecto que tornará Portugal um verdadeiro País.

Juntos poderemos evitar o risco da paragem súbita de Portugal aos pés dos velhos do Restelo dos nossos dias.

Por todos nós, por Portugal, pelo nosso futuro!

Avançar Portugal!

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